A crise do Coronavírus mal começou e já está trazendo impactos negativos para diversos segmentos do mercado. 

As empresas de automóveis são um dos setores mais impactados até o momento, amiúde pois sua forma de trabalhar (com muitos funcionários reunidos) e suas revendedoras (com alta rotatividade de pessoas), não se enquadram nas possíveis aberturas do comércio. 

Esse quadro caótico, nos leva a pensar nas soluções que essas gigantes do mercado têm pensado, para continuarem funcionando. E é exatamente sobre essas soluções que vamos conversar agora. Portanto, role para baixo e acompanhe conosco. 

Hyundai 

Após aprovação pelos 200 funcionários do setor administrativo, a montadora aderiu à MP 936 que permite a redução de jornada e salários. Para estes, a empresa garante estabilidade dos empregos até 30 de agosto. Já os trabalhadores da produção da fábrica de Jacareí (SP), não haverá redução salarial: a decisão tomada no início de abril foi a de suspensão dos contratos desde 1º de abril. 

O retorno da produção estava previsto para 30 de abril, mas segundo o sindicato local, não há mais nova previsão de retorno das atividades.

A fábrica do Grupo Caoa em Anápolis (GO), onde são montados modelos Hyundai e Chery, interrompeu sua produção em 23 de abril e por tempo indeterminado. A unidade, que emprega mais de 1,4 mil pessoas, também determinou o trabalho remoto.

Fiat 

A empresa informa que aderiu à MP 936, que permite a redução de jornada e salários para empregados de suas três fábricas no Brasil: Betim (MG), Goiana (PE) e Campo Largo (PR) a partir de 22 de abril. 

As operações dessas unidades estão paralisadas desde 27 de março e o retorno era previsto para 27 de abril, a princípio. 

A montadora decidiu retomar as atividades de forma gradual ao longo de todo o mês de maio, com possibilidade de nova revisão do cronograma, conforme a dinâmica de mercado e a evolução da pandemia. O home office para quase todos os trabalhadores da área administrativa está mantido por tempo indeterminado. A companhia garantiu a estabilidade de emprego.

Ford

Todas as fábricas da companhia na América do Sul paralisaram sua produção a partir da segunda-feira, 23. No Brasil, a medida afeta as unidades de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e a da Troller em Horizonte (CE). O retorno que estava previsto para o dia 13 de Abril, foi prolongado por tempo indeterminado. 

Nissan

A montadora estendeu a paralisação de sua fábrica de Resende (RJ), que interrompeu suas atividades em 25 de março. A unidade, que voltaria a operar em 21 de abril, agora prevê a retomada em 21 de maio. Ao mesmo tempo, a companhia aderiu à MP 936 que permite a redução de jornada e salários. Segundo a empresa, a redução será aplicada durante este novo acréscimo da paralisação. A montadora emprega 2,4 mil pessoas.

Toyota

Por meio da adesão da montadora à MP 936, que flexibiliza medidas trabalhistas, a empresa decidiu estender por mais um mês o retorno de suas atividades no Brasil. Com isso, os funcionários terão os contratos de trabalho suspensos por dois meses a partir de 22 de abril e com retorno previsto para 22 de junho nas fábricas de Indaiatuba, Porto Feliz e São Bernardo do Campo, todas em São Paulo.

Volkswagen

A montadora decidiu aderir a MP 936, que permite a flexibilização dos contratos de trabalho. Os funcionários das quatro fábricas Anchieta, em São Bernardo do Campo, Taubaté, São Carlos (SP) e de São José dos Pinhais (PR) aprovaram a redução de 30% da jornada de trabalho e mantiveram os salários líquidos. 

O acordo, feito por meio de assembleias virtuais nos dias 20 e 21 de abril, atinge 15 mil trabalhadores e é válido por três meses. 

Renault 

A montadora prorrogou até 10 de maio às férias coletivas para os seus funcionários do complexo industrial Ayrton Senna, localizado em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba. A fábrica interrompeu as atividades no dia 23 de março e a paralisação iria inicialmente até 14 de abril.

O sindicato local, em consulta durante plenária, reprovou a possibilidade de votação, pelos funcionários, da adoção de medidas de flexibilidade previstas na MP 936 (de 1º e abril) que reduz salários e jornada.

Mercedes – Benz 

A empresa aderiu a MP 936 e os funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) aprovaram acordo para a redução de jornadas e salários. Para os funcionários de setores administrativos, haverá redução de jornada de trabalho de 25% entre 4 de maio e 31 de julho, com redução salarial. 

Equipes ligadas à produção terão dois períodos de suspensão temporária de contratos de trabalho: 50% deles ficarão em casa entre 4 de maio e 30 de junho enquanto o restante terá a suspensão entre 1º de julho e 31 de agosto. A empresa garantiu estabilidade dos empregos até 31 de dezembro. A fábrica está parada desde 23 de março e o retorno da produção estava previsto para 2 de maio.

Em geral, as empresas têm se posicionado de forma parecida, respeitando as recomendações da OMS e garantindo a estabilidade dos seus funcionários. 

Interessante aprender um pouquinho sobre as soluções que as grandes montadoras de veículos têm apresentado não é mesmo? Se o conteúdo foi útil para você, compartilhe-o em suas redes sociais.