A indústria automotiva caminha a passos largos para a sua eletrificação. Com a pressão cada vez maior por modelos sustentáveis e econômicos, os carros elétricos ou híbridos estão chegando para ficar.

Países como França e Inglaterra já possuem projetos de leis que garantem a extinção de carros a combustão a partir de 2024, sendo permitido somente os modelos elétricos ou híbridos.

Ao ler essas notícias, é inevitável pensarmos se a indústria automobilística e a sociedade brasileira estão preparados para essa transformação. A resposta é não, e nós mostraremos o porquê.

O que falta para termos carros elétricos em massa?

Além do preço alto, temos diversos outros problemas. Os carros elétricos precisam de cuidados, diversos locais de carregamento e revisões diferenciadas.

O pequeno número de locais para abastecimento é um dos maiores problemas de viabilidade dos carros elétricos. Um exemplo prático disso, é analisar a quantidade de eletropostos em São Paulo (maior cidade da América Latina). Em um rápido passeio pela metrópole, identificamos apenas 50 eletropostos, um número muito baixo.

Pela nossa legislação, somente as companhias de energia elétrica regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) podem comercializar e cobrar o quilowatt-hora.

Esse é outro exemplo das inúmeras limitações que teríamos com a comercialização de carros elétricos aqui no Brasil. Essa lei monopoliza toda a distribuição de energia elétrica nas mãos do estado, burocratizando ainda mais o funcionamentos dos carros híbridos por aqui.

Incentivo fiscal: Luz no fim do túnel

Os veículos elétricos no Brasil, possuíam até pouco tempo atrás maior alíquota de IPI da indústria brasileira.

Visando o crescimento desse setor, o governo Federal, ainda na gestão Temer, anunciou a redução de impostos sobre elétricos e híbridos para uma faixa entre 7% e 20%. Mas nem assim o preço dos veículos abaixou, estagnando ainda mais o setor.

Para implementar essa tecnologia no país, seria necessária uma redução tributária, a criação de planos de incentivos e subsídios às montadoras e desenvolvedores locais de veículos e investimentos em infraestrutura.

A melhor opção então seria ampliar o que já temos hoje, dando vazão a um crescimento que, mesmo que tímido, forçando os outros setores a se readequarem com o mercado.

É uma conta bem simples: Diminui os impostos, queda nos preços dos veículos, mais carros rodando e por consequência, mais eletropostos.

Pequenas mudanças podem se transformar em grandes ações a longo prazo, e é sem dúvida a melhor opção para o crescimento desse mercado aqui no Brasil.

Diante do que foi mencionado, podemos findar dizendo que o Brasil precisa começar a investir na alta comercialização de carros elétricos e híbridos. Dessa forma, seremos um país mais avançado e sustentável.

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