Animais como cachorros e gatos se tornaram parte das famílias humanas nas últimas décadas. Para você ter uma ideia, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que existem mais cães e gatos nos lares brasileiros do que crianças. Curioso, não?

Fato é que as pessoas querem oferecer as melhores experiências aos pets, principalmente aquelas envolvendo viagens, contudo o transporte de pets deve ser feito com cautela para evitar acidentes e multas. Quer saber mais sobre o assunto? Então confira este texto até o final!

O que a legislação diz à respeito do transporte de pets

Por mais que andar lado a lado com seu animal de estimação e promover experiências nunca antes vividas até mesmo pelo tutor ajude a promover uma qualidade de vida para ambos, é preciso tomar alguns cuidados no momento do transporte.

Por exemplo, não é raro encontrar na internet vídeos de cães que saltam das janelas do carro quando estão parados no semáforo. Por isso, vale lembrar que os cães são estimulados de diversas formas e, com certeza, o fato de encontrar outro amigo no trânsito causará um certo alvoroço no animal.

Abaixo, selecionamos algumas das principais dúvidas sobre transporte de pets e explicamos o que a legislação fala sobre cada uma delas.   

Cachorro pode ficar com a cabeça para fora da janela?

Por mais bonito que seja ver um cão com os pelos ao vento, essa prática da cabeça do animal para fora da janela é proibida. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo é uma infração grave. Essa prática pode acarretar na retenção do veículo, 5 pontos na carteira e multa de cerca de R$ 200.

Na próxima vez que for sair de carro com o pet, já sabe: o animal tem que ficar dentro do carro!

Posso levar meu cachorro no banco da frente do carro?

Outra situação recorrente é o transporte de pets no banco da frente e até mesmo no colo do condutor. Em relação a isso, o Código de Trânsito Brasileiro também deixa claro, no artigo 252, que dirigir “transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas” caracteriza-se como infração média. Isso pode gerar multa de R$ 130, em média, e 4 pontos na carteira de habilitação.

O cachorro pode ir solto no banco de trás?

Além disso, transportar um cão solto no banco de trás do carro pode interferir na atenção do condutor, o que pode ocasionar acidentes. O Código Brasileiro de Trânsito, no artigo 169, caracteriza essa situação como uma infração leve. Nesse caso, o condutor do veículo também pode ser multado.

X passos para transportar pets com segurança

Agora que você sabe o que NÃO fazer durante o próximo passeio de carro com seu pet, vamos às principais dicas para um transporte seguro.

1. Invista em acessórios adequados

Antes de mais nada, é preciso investir em acessórios próprios para o transporte de animais. No caso de gatos, aves, roedores e pequenos mamíferos, a melhor saída é contar com uma caixa de transporte. Para isso, você precisará avaliar o tamanho da caixa, que deve comportar o animal de forma confortável. Além do mais, a caixa deve ser presa ao cinto de segurança do carro para evitar que seja arremessada em caso de colisões ou freadas.

Para cães, é indicado o uso de cinto de segurança específico. Nesse caso, uma das extremidades do cinto é presa no peitoral do cão e a outra extremidade é encaixada na parte inferior do cinto, que fica próxima ao assento. Dessa forma, o animal tem uma maior liberdade de movimentação e pode visualizar o tutor e a paisagem, além de ficarem mais calmos e sofrerem menos com o calor.

Jamais utilize o cinto de segurança para pets em coleiras que ficam presas no pescoço do cão, o que pode causar sérios danos ao pet, nem coloque a caixa de transporte no porta-malas.  

2. Acostume o cão a passear de carro

Outra dica para um transporte de pets seguro é acostumá-los com a viagem. De fato, muitos animais não têm o costume de andar de carro e voltas no quarteirão podem se transformar em um tormento para esses animais — e para os tutores também!

Para cães assustados ou ansiosos com carros, vá, gradativamente, aproximando-os do veículo. Num primeiro dia você pode simplesmente convidá-los a entrar no banco de trás e oferecer um petisco, com o veículo desligado. Quando o pet se sentir mais confortável, você pode repetir o primeiro passo, mas agora com o carro ligado. Depois, dê voltas rápidas perto de casa mesmo e sempre relacione o passeio de carro com algo positivo.   

3. Faça pausas durante viagens longas

Os pets também ficam cansados em viagens e, assim como nós, precisam dar uma esticada nas pernas de tempo em tempo. Faça pausas a cada 2 horas, em média, para que seu pet faça as necessidades, caso queira, e também dê aquela esticada. 

4. Use blends de óleos naturais para acalmar o pet

Como dissemos, alguns pets podem ficar ansiosos com viagens de carro. Nesses casos, o uso de blends de óleos naturais pode ajudar a acalmar os bichinhos. Informe-se sobre as opções disponíveis no mercado e, em caso de dúvidas, sempre procure pela orientação de um veterinário.

5. Faça um check-up do animal

Antes de qualquer viagem, lembre-se de verificar a saúde do animal, principalmente se o pet não vai ao veterinário a algum tempo, e mantenha as vacinas obrigatórias em dia. Caso você vá para praias ou locais com mata, use repelentes para evitar picadas de insetos e carrapatos.

Como você percebeu, o transporte de pets deve ser feito com cuidado, uma vez que o animal solto dentro do carro pode causar acidentes a ele mesmo e atrapalhar a condução. Mais do que isso, um animal que não esteja devidamente acomodado no veículo também pode sofrer lesões gravíssimas em caso de acidentes.

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